sexta-feira, 3 de agosto de 2007

A meia-noite no jardim lupicínico de Aldir


Do mesmo catálogo da Lua Discos, vale conferir “Vida Noturna”, álbum do outsider carioca Aldir Blanc. Compositor-cronista-escritor-psicólogo-parceiro-amigo-irmão de João Bosco que vem iluminado com seu candeeiro de idéias a cultura brasileira nas últimas décadas.

Lembrando um mosaico de retratos perdidos numa noite suja, o álbum funciona como uma catarse, que eclode em pequenos tesouros da enluarada e dionisíaca lira do compositor. “Eu tenho num bolso/uma carta,/uma estúpida esponja/pó-de-arroz/e um retrato, meu e dela,/que vale muito mais/do que nos dois”, diz a letra da faixa-título. E estamos entendidos, não é mesmo?

Compositor de sanha criativa rara, capaz de transitar entre a alma feminina, o cotidiano rodriguiano e as situações cômicas e mambembes, ele nada de braçada neste seu segundo título lançado em 2005.

Aldir Blanc tem ainda a companhia de parceiros e músicos memoráveis, tais como Mauricio Tapajós, Cristóvão Bastos, Guingua, Moacir Luz, entre outros.

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