sexta-feira, 3 de agosto de 2007

Canto II



Dobra-se uma esquina da canção nacional. A cantora Célia, passados mais de 35 anos de carreira, continua dando das suas, com a gana que lhe sempre conferida no momento de soltar a voz e os sentimentos que a permeiam.

Escoltada por Dino Baroni, ela chega fervendo neste seu “Faço no Tempo Soar Minha Sílaba”. O título (retirado de uma das mais notáveis canções pós-tropicalista de Mano Caetano), bastante original, ajuda a entender a escolha de um repertório que procura unir tempos e espaços distintos. A produção ficou a cargo do jornalista e pesquisador musical Thiago Marques Luiz.

Não? Vamos lá: “Serra da Boa Esperança” (Lamartine Babo), “Cabaré” (João Bosco e Aldir Blanc), “Mente ao Meu Coração” (F. Malfitano) e “Geraldinos e Arquibaldos” (Gonzaguinha). Números musicais que se desvelam no canto de uma intérprete experiente e em estado de graça, que brinca, espontânea, no terreno profícuo dos acordes variados e sucintos do violonista.

Quem também pinta na área com participações mais que especiais são Zélia Duncan (“Disritmia”), Dominguinhos (“Mãe, Eu Juro/ Sem Açúcar”), Lucinha Lins (“Quase”) e Beth carvalho (“Pressentimento”).

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